"E se um dia ou uma noite um demónio se esgueirasse em tua mais
solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e
como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e
não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e
suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua
vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo
modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este
instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre
virada outra vez, e tu com ela."
A Gaia Ciência, Friedrich Nietzsche.
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