Actividade Paroxística

quarta-feira, 27 de maio de 2015


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agora que a respiração se abre como um fruto nocturno e que o teu nome é feito de silêncio e de romãs, toda a noite parece existir fora de nós. aqui dentro é um outro fim, um farol que nasce onde a escuridão termina, uma luz de silvos estrelas, ideia alguma. calor. o verão ficou suspenso entre duas estações, dois corpos, suor. uma rede extensa alonga-se sobre o mar. os dedos surgem como peixes indecisos na corrente que nos arrasta mas a tua mão sobe exacta com o fulgor das aves, atravessando o abismo dos dias difíceis.


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