não tenho ciúmes
dos livros velhos e gastos
que sempre seguram a tua mão
entre o asfalto
ocre
das folhas
carpe o silêncio
da chuva dos dedos
orla de punhos cerrados
sorvo o aroma das páginas
a terra, a árvore
o cicio distante
o olor, o pó
agora tão só
por não te tocar.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
give me sadcore, babe
i'm a slow motion body.
fala-me dos teus livros
daqueles que ninguém leu
daqueles que não existem.
fala-me de ti, da tua sombra
da escuridão que se abre
atrás do teu rosto.
domingo, 26 de janeiro de 2014
made of water.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Um Rio imenso de mar.
domingo, 19 de janeiro de 2014
escuta.
sábado, 18 de janeiro de 2014
da emoção visceral ao sentimento etéreo.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Regresso a casa como um electrão ao seu estado fundamental.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
É a distância de (in)segurança
que nos aproxima
do erotismo das coisas.
domingo, 12 de janeiro de 2014
i always cry at endings.
Há palavras pedindo colo.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
um homem só.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
numa hora podem caber tantas tardes...
tantas quantas existem nos bolsos
do tempo,
esse casaco velho que se prostitui
no Inverno
em lojas de segunda mão.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Essa coragem infantil,
borboleta de asas batidas
pelo medo.
Inverno?
sábado, 4 de janeiro de 2014
Entropia. A grandeza do impossível.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Somos uns dos outros
mas não sabemos
somos fragmentos concretos
sistemas
átomos silenciosos que dormem juntos
de costas voltadas
num único universo
plural.