Actividade Paroxística
sábado, 29 de novembro de 2014
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
Alix Cléo Roubaud (1952-1983)
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
"Desde o primeiro filme (de Ozu), O Gosto do Arroz com Chá Verde, que fiquei fascinada com o espaço de vida japonês e com aquelas portas de correr que se recusam a trespassar o espaço e deslizam suavemente sobre carris invisíveis. Porque, ao abrirmos uma porta, transformamos os locais de uma forma muito mesquinha. Agredimos a sua extensão total, cavando nela uma brecha indiscreta, de tão más que são as suas proporções. Pensando bem, não há nada mais feio que uma porta aberta. Provoca uma espécie de ruptura na divisão onde está situada, uma parasitagem provinciana que destrói a unidade do espaço. Na divisão contígua provoca uma depressão, uma fissura escancarada mas estúpida, perdida num laço de parede que talvez preferisse ter ficado inteiro. Em ambos os casos, perturba a extensão, sem outra partida que não a liberdade de circular, que pode, porém, ser assegurada por processos muito diferentes. A porta de correr, essa, evita os escolhos e enaltece o espaço. Sem lhe alterar o equilíbrio, permite que se metamorfoseie. Quando se abre, há dois lugares que comunicam sem se ofenderem. Quando de fecha, volta a conferir a cada um deles a sua integridade. A partilha e a reunião fazem-se sem intrusão. A vida é então um processo tranquilo."
A elegância do Ouriço, Muriel Barbery.
domingo, 2 de novembro de 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)